
As taxas e uso do crédito pessoal, que inclui o cart?o de crédito, vêm sendo amplamente debatidas pelo governo brasileiro e Banco Central, que est?o em uma saga para reduzir os juros do cart?o. E uma modalidade que está na mira do BC é o parcelamento sem juros – contanto, há muitos grupos contra o fim desse recurso.
Segundo a pesquisa Datafolha, pelo menos oito em cada dez (81%) comerciantes de pequeno porte da capital paulista se op?em ao fim da venda parcelada sem juros no cart?o de crédito. Apenas 15% dessas pessoas é favorável à proposta, 3% s?o indiferentes e 1% n?o opinou.
A pesquisa mostrou que 81% dos comércios pesquisados usam essa modalidade para vender sem juros no cart?o de crédito, o que corresponde a cerca de 50% das opera??es com cart?o de crédito e representa 45% do faturamento mensal das lojas. A maioria dos comerciantes paulistanos também acredita que o fim do parcelamento sem juros trará mais malefícios do que benefícios à economia do país, já que afetaria tanto as lojas como os consumidores.
Isso porque n?o é apenas em S?o Paulo que essa modalidade de pagamento é popular, havendo estabelecimentos em todo o país, inclusive digitais, que beneficiam os clientes com esse tipo de parcelamento. Há até mesmo casinos online que aceitam cart?o de crédito como forma de pagamento, e essas plataformas foram listadas e avaliadas pelo Confiável.com para trazer seguran?a ao jogador. Nessas operadoras, você pode usar os dados do seu cart?o físico ou virtual para se divertir em centenas de jogos diferentes, como op??es de bingo, jogo do bicho, jogos de mesa e roleta, ainda aproveitando benefícios exclusivos.
Tarifa
A cria??o de uma tarifa para desestimular o uso do parcelamento sem juros também é uma ideia do Banco Central. O presidente do órg?o, Roberto Campos Neto, falou em uma audiência no Senado em 10 de agosto que esse sistema atual que permite a divis?o de compras em até 12 vezes sem juros é inc?modo.
“A gente cria algum tipo de tarifa para desincentivar esse parcelamento sem juros t?o longo. N?o é proibir o parcelamento sem juros, é simplesmente tentar fazer com que ele fique um pouco mais disciplinado, de uma forma bem faseada para n?o afetar o consumo”, disse. Contudo, a pesquisa também revelou que 87% dos responsáveis por estabelecimentos comerciais na cidade de S?o Paulo s?o contra a taxa extra para essas opera??es.
A pesquisa Datafolha foi feita no dia 21 de agosto, incluindo 306 entrevistas presenciais, com responsáveis por estabelecimentos comerciais de pequeno porte (ou seja, com até 49 funcionários) de todas as regi?es da cidade de S?o Paulo. Após o cart?o de crédito, o qual é o método de pagamento que mais representa o faturamento mensal das lojas (45%), segue-se o cart?o de débito, representando 27% do faturamento médio mensal, o dinheiro (13%), PIX (12%), cheque (5%), e os demais meios de pagamento juntos, como voucher, vale-refei??o, vale-alimenta??o e carnês (10%).
Estímulo ao consumo
Conforme especialistas do setor de crédito entrevistados pela equipe da CNN, o parcelamento sem juros é uma modalidade típica do Brasil que funciona como um tipo de ilus?o, mas que acaba estimulando o consumo.
“N?o existe almo?o grátis. O comércio tem custos com isso e eles est?o embutidos no pre?o”, explica Ahmed El Khatib, coordenador do Instituto de Finan?as da Funda??o Escola de Comércio álvares Penteado (FECAP).
Contudo, o especialista defende que essa modalidade já se tornou fundamental, tanto para o comércio quanto para os consumidores.
“Se n?o tiver essa estratégia de parcelamento, n?o vai ter consumo. O parcelamento sem juros é usado pelas lojas para impulsionar as vendas e permite que o consumidor, normalmente de baixa renda, adquira as coisas sem comprometer seu or?amento familiar. Extingui-lo afetaria a sustentabilidade de diversos comerciantes pelo país, o que é ruim para a economia como um todo,” conclui Khatib.